Nos últimos anos, temos assistido a vários documentários, ou seria melhor chamar-lhes "docuficções", que apresentam o sector da pecuária e o consumo de carne de uma forma negativa e generalizada. Mas porquê?
Será porque um tema tão quente atrai facilmente audiências e investidores? Os chamados documentários como "Cowspiracy", "Seaspiracy", "At the Fork", "The Meat Lobby: Big Business Against Health?", etc., para mencionar apenas alguns, têm sido promovidos através de diferentes serviços de streaming e a mais recente minissérie na Netflix, intitulada "You are what you eat", é apenas o mais recente exemplo disso. O objetivo parece ser sempre o mesmo: provocar a indignação de quem assiste, aparentemente revelando verdades não ditas pela sempre presente grande e má indústria.
Ciência instável, opiniões de activistas dos direitos dos animais e reviravoltas no enredo
Todos estes filmes ou séries contêm os mesmos ingredientes: uma mistura de ciência instável, opiniões de activistas dos direitos dos animais e algumas reviravoltas aleatórias no enredo que podem ser difíceis de seguir. "You Are What You Eat: Uma Experiência com Gémeos" é um documentário em que gémeos geneticamente idênticos mudam as suas dietas e estilos de vida durante oito semanas, numa experiência para ver como certos alimentos afectam o corpo (spoiler: os vegetais ocupam o lugar central). Mas qual é a base científica?