Manuel Chaveiro Soares | Engenheiro Agrónomo, Ph. D
Como a moderna agricultura nos proporcionou a atual prosperidade
Há 200 anos a agricultura ocupava mais de 90 por cento da população mundial, que na sua esmagadora maioria vivia em pobreza extrema, subnutrida, com baixa estatura e curta esperança de vida (33 anos na Europa Ocidental versus 80 anos atualmente).
É no século XX que a situação se altera profundamente, de forma mais marcada após a II Grande Guerra (1945), graças principalmente à crescente aplicação dos adubos azotados e de outras tecnologias modernas, como os pesticidas de síntese, o melhoramento genético das plantas e dos animais, a expansão do regadio e a mecanização agrícola.
Estes avanços tecnológicos viriam permitir a alimentação de um crescente número de pessoas (a população mundial elevou-se de 4 para 8 mil milhões), bem como promoveram a urbanização e uma crescente população ocupada na indústria e nos serviços, para além de uma expansão enorme do ensino e da classe média – tudo contribuindo para a atual prosperidade da generalidade da população mundial.
Estes enormes progressos registados na produção agrícola causam, porém, algumas externalidades ambientais negativas, com destaque para o fabrico e uso dos adubos azotados e para as emissões de origem animal que correspondem aproximadamente a 14,5% do total das emissões mundiais, cabendo 1,3% aos suínos e 1,5% às aves. Ler artigo completo aqui.